terça-feira, 18 de setembro de 2007

Auto-estima

Muito se fala sobre auto-estima... várias pessoas discutem, debatem, escrevem... Corro o risco de ser repetitiva.
Mesmo correndo o risco, prefiro falar à omitir...afinal cada um tem o direito de ouvir vários pontos de vista e escolher o que mais combina com sua história.
Tenho chegado a algumas conclusões a respeito de auto-estima...minhas observações e experiências profissionais e pessoais têm colaborado nesse sentido..
Então, auto-estima para mim é como uma roupa...se eu usar uma roupa que não é minha, a sensação não é agradável...isso seria ‘baixa auto-estima’...ao contrário se a roupa é minha, combina comigo... ‘auto-estima em alta’.
No dia-a-dia são nos oferecidas vários tipos de roupas. O medo de não ser aceito pela família, pela sociedade, pelos amigos..muitas vezes nos leva a vestir ‘aquela roupa’ acreditando que basta um aperto ali, um conserto acolá...que a gente consegue usar...
Vestir uma roupa que não é meu número pode trazer uma sensação desagradável, tem algo que não encaixa (isso vale, para o modelo, o estilo). Quando você não atende aos desejos da família, da sociedade, com certeza será criticado. Para evitar tal risco, basta atender aos ideais dos outros...
Atender a esses ideais pode levar a uma prisão....corre-se o risco de ficar preso aos sonhos, projetos, crenças, palavras ditas dos outros...sem parar e refletir o que de fato são nossos projetos, sonhos.
Passamos a vida vestindo uma roupa que não nos cai bem, com medo de tentar trocar por uma outra...então passamos a vida acreditando que não temos o direito de trocar de roupa!
Afinal, minha família já se veste assim a tanto tempo! Todos usam esse modelo, não posso mudar! As mulheres (ou os homens) da família são assim!
Descubra qual a peça de sua roupa não combina com você. Pode ser hora de customizar!!

domingo, 9 de setembro de 2007

Sob o sol de Toscana

Perdas, dores, decepções....quem nunca vivenciou tais momentos.
A sensação de que o mundo caiu, o tapete foi puxado e ficamos sem nenhum ponto de apoio....nesses momentos parece que a possibilidade de reconstrução não existe.
Ficamos secos!
No filme Sob o sol de Toscana, tal sensação é maravilhosamente simbolizada. Após um divórcio, a personagem (Frances) vê seus projetos, sonhos, investimentos em um relacionamento desaparecerem diante de si...só restam a dor, a mágoa, a decepção, a raiva...
A primeira solução é lamentar-se, chorar, ter pena de si mesma... momentos que podem parecer úteis por um tempo...mas não para sempre!! A vida continua... parece clichê, mas é verdade. O mundo não pára por causa de nossa dor.
O segundo momento de Frances é investir em um novo projeto....a compra de uma casa em ruínas...nada mais simbólico para retratar como ela mesma se sentia.
Sutilmente o filme exibe uma torneira: sem água, enferrujada...falta vida. Frances também estava assim, sem o movimento e a beleza das águas...sem vida. Nada mais vital do que a água, nada mais maravilhoso.
A reconstrução da casa nos leva a caminhar junto com Frances na reconstrução de si mesma: novas possibilidades, novos sonhos, novos amigos, novos amores....
E a torneira começa a pingar.... há possibilidade! Sim, mesmo após as perdas, há possibilidades de recomeçar...é preciso se ver, se ouvir, se amar.
Aos poucos a torneira começa a jorrar água...traz vida! A casa ganha calor, alegria, amor.....a água inunda a vida de Frances.
Como você tem vivido? Há espaço para novos projetos em sua vida? Você parou em algum ponto e continua se consumindo na raiva, mágoa, sua torneira não tem uma gota de água?
Reconstrua....