Neste
mês comemoramos o dia do meio ambiente, uma maneira de lembrar que precisamos
repensar nossos hábitos em prol da saúde do planeta e das próximas gerações.
Ao repensar
o assunto, emerge a palavra consumismo, que evoca “desejo”. Desejo que faz
parte do ser humano, que é infinito, jamais satisfeito – e, exatamente por isto
cada vez mais cobiçado.
A mídia
nos leva a crer que o desejo será satisfeito ao comprarmos algo, a imagem que
iremos mostrar aos outros.
O lugar
de realizar tal desejo são os shoppings centers. Cada dia surge mais um, sempre
com a promessa de ser o maior, o melhor.
Lugar da diferença, não aberto a todos, de não refletir (é para comprar
agora!), de satisfazer (ilusoriamente) o desejo, mesmo que não se saiba qual.
Deixamos
de lado nossos templos sagrados – lugar de reflexão, contemplação, lugar onde
todos são ‘irmãos’ e trocamos por estes templos de consumo. Antes aos domingos,
as famílias iam aos templos sagrados buscar a paz; atualmente a ida aos templos
de consumo gera discórdias, brigas.
Se nossos
templos mudaram, é natural que nosso planeta (e nós) estejamos cada vez mais
doentes. O novo templo diz que você não será bom, bonito, enquanto não tiver
determinado produto. Enquanto não tem você vive a angústia de não ter, após
adquirir percebe que a promessa era falsa.
O vazio
continua e é preciso uma próxima compra – com certeza resolverá o problema!! O ciclo consumista está pronto.
Até hoje
não demos conta de obedecer a ordem dada para Adão e Eva no Gênesis, ou seja
eles tinham apenas que cuidar do jardim; ao invés disso passaram a desejar o
impossível.
(A Rede Minas tem exibido
uma série de reportagens no programa Planeta, vale a pena assistir)
Imagem: Google images
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