domingo, 6 de julho de 2008

Carência afetiva e alimentação


As histórias sobre comida são ricas e variadas, indo além pode esconder questões importantes: quando se está triste logo se apresenta uma canja, leite quente, docinho... a comida ocupa o lugar do diálogo, do parar e ouvir qual é a dor do outro; ou então a dor é ‘ouvida’ mas abafada pelo alimento ‘coma que isso passa’. Adoce sua vida.
Assim se cresce, aprendendo que comer alivia o sofrimento, traz novas sensações...aos poucos começa a empanturrar de comida, já que a dor continua ali...é preciso comer mais para evitar que ela apareça.
É mais fácil evitar a dor responsabilizando a comida...assim ao se sentir rejeitado(a), a pessoa racionaliza que isso é porque está acima do peso, quando emagrecer será diferente.
A comida é a companheira para todos os momentos, não reclama, não vai embora quando mais se precisa dela, não abandona.
Os regimes não funcionam porque comida e peso são sintomas, não os problemas.
A comida ocupa o tempo. Engordar e emagrecer, regimes...tornam uma montanha russa emocional. Você se odeia por comer demais e quer emagrecer, ou quer acabar com você porque come demais. Sofrer é uma maneira de estar no mundo.
Qual a dor que a comida esconde?
Qual a sensação não pôde ser vivida?
A pessoa vive com a sensação de quando for magra conseguirá conquistar aquilo que deseja. Será?!!
Imagem: Google images