sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Ponto final



Em algum momento li em um livro uma frase que ficou em minha memória, não lembro o nome do livro, mas a frase é: “Nada está acabado antes do fim.”
Na adolescência (época da leitura) não entendia muito bem o significado, hoje é diferente! Tanto em minha vida, quanto na vida de meus pacientes que me permitem acompanhá-los em um trecho da jornada.
Em vários momentos da nossa vida podemos deixar uma vírgula, reticências, quando deveria existir um ponto final.
Na maioria das vezes, o medo de finalizar; a insegurança, pois o que virá depois; ou acho que ainda há uma esperança são motivos para aquela situação ficar sem finalizar. O novo é sempre assustador, o que já existe pode até não ser bom, mas já são regras conhecidas.
Para evitar os pontos finais, começamos a traçar possibilidades: MAS e SE... e você fica preso àquela página que se amarela, sem saber o que acontece na seguinte.
Preso às expectativas, ilusões, deixando que outras possibilidades nem sejam vistas.
Até o ano termina – embora simbolicamente, pois a vida continua! É preciso colocar um ponto final em algumas frases, histórias, afim de viver a frase seguinte.
Aproveite esse fechamento de calendário para refletir em que você precisa de colocar um ponto final e continuar com sua vida.






Imagem: Google

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Contemplação



Estamos correndo demais!!
Estamos perdendo a capacidade de curtir as coisas, as pessoas, a natureza...
A maioria das pessoas não sabe contemplar o mundo à sua volta. Estão em vários lugares ao mesmo tempo, o que quer dizer que não estão em lugar algum!
As pessoas não aproveitam os passeios, as festas, a família, os amigos...
O celular está o tempo todo ligado e conectado. E quando não basta que o indivíduo não aproveite o momento, ele quer atrapalhar o do outro: o celular toca no teatro, no cinema, na igreja... e é atendido como se a vida dependesse daquilo. Os outros são ignorados e desrespeitados.
As famílias saem para passear e cada um conecta seu aparelho e se perde nas redes tecnológicas.
A Lei da física não mudou: não podemos estar em vários lugares ao mesmo tempo. Então opte por estar inteiro na escolha que você fez.

Você irá descobrir que contemplar, admirar, escutar...são prazeres indispensáveis à saúde emocional.
Experimente!


Imagem: Google images

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

TRABALHO E SENTIDO



O trabalho se tornou árduo desde que Adão e Eva foram expulsos do paraíso e com a responsabilidade de viver com o suor do rosto.
Ao longo dos séculos, os homens conseguiram facilitar o trabalho com o uso de várias tecnologias e, alguns estudiosos até acreditaram que isto iria facilitar a vida e nos levar ao ócio, a termos mais tempo para desfrutar do fruto do trabalho.
O problema é que os homens também mudaram os valores. Ao invés de cultivar o SER, passaram a cultuar o TER. Os templos contemporâneos são os shoppings centers e tudo o que isto significa.
Logo o trabalho entrou em uma dimensão que ele não só precisa satisfazer necessidades básicas, mas ele precisa de dar conta do status, de exibir para o outro o que se julga que irá chamar mais atenção.
A cada dia vemos mais e mais pessoas insatisfeitas com o trabalho – claro, há diversos problemas no mundo do trabalho ( que não iremos tratar agora) – mas na maioria das vezes percebemos que a insatisfação, a angústia, a depressão, estão ligadas a outros fatores.
As pessoas estão preocupadas em ter o carro do último tipo, o celular, o tablet....e, muitas vezes para serem valorizadas por isto. Não adianta! Nenhum trabalho irá te valorizar. Enquanto o valor estiver no TER, e sua preocupação for trabalhar para mostrar ao outro o que você tem, a insatisfação será constante.
Qual o sentido do trabalho para você?? Você pode desejar melhorar, crescer, mudar de trabalho, mas faça isso por você. Do contrário você será expulso do paraíso e suar mais...


Imagem: Google images

terça-feira, 26 de julho de 2011

Crescer.......




Se você tem plantas em casa, observe como elas crescem em busca da luz do sol, às vezes as hastes parecem fazer umas curvas, um esforço para alcançar a luz.
Não importa aonde são colocadas, as hastes buscam aquilo que as sustentam, a luz solar que irá contribuir para a fotossíntese e todos os fenômenos que já estudamos em algum momento da vida.
Essa observação me fez perceber que deveríamos fazer como nossas plantas, ou seja, ir em busca daquilo que nos possibilita crescer, dar flores, frutos...
Alguns de nós, tem o hábito de cultivar aquilo que machuca, o que impede o crescimento. Tal qual aquelas casquinhas de feridas que nunca cicatrizam, acostuma-se a exibí-las para chamar atenção (crianças pequenas gostam de mostrar seus ‘dodóis’).
Que possamos aprender a buscar o nosso crescimento, mesmo que tenhamos que mudar o curso de nossas vidas.
Estamos no inverno, mas a primavera vai chegar e as plantas já estão se preparando. E você?




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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Boliche




Você já desistiu de algo, sem tentar, porque alguém disse que não era possível?
Aprendi a lição com meu sobrinho de 3 anos. Estávamos na festinha junina da escola dele e, em meio a danças e brincadeiras: pescaria, boliche, dados...ele me disse que queria jogar boliche.
Bem, nada errado! Só meu coração de tia coruja sentiu medo dele não conseguir derrubar os pinos. Tentei convencê-lo de que era um jogo para as crianças maiores, nós podíamos pescar. Aí ele me disse: “titia, mas eu quero jogar boliche, quero a pipa.”
Lá fomos nós...comecei a me questionar, afinal se ele errasse, era só tentar de novo, porque não??!! O que eu estava fazendo? Impedindo que ele tentasse...
Ficha comprada, 3 tentativas. Ele jogou a primeira bola... metade dos pinos caíram; jogou a segunda... caíram os demais!! E ele pegou a pipa (quase do tamanho dele) na maior alegria!!!
E eu??!!! Uma mistura de satisfação e aprendizado. Quem determinou se podemos ou não tentar alcançar nossos sonhos?
Nos tornamos adultos e pensamos demais! Isso não é para mim, não tenho idade para aquilo, recomeçar é impossível e mais uma lista infindável..
Sempre há tentativas... vale a pena tentar!! Lance suas bolinhas.






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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Janela ou corredor?



"Era criança quando, pela primeira vez, entrei em um avião. A ansiedade de voar era enorme.
Eu queria me sentar ao lado da janela de qualquer jeito, acompanhar o vôo desde o primeiro momento e sentir o avião correndo na pista cada vez mais rápido até a decolagem. Ao olhar pela janela via, sem palavras, o avião rompendo as nuvens, chegando ao céu azul. Tudo era novidade e fantasia. Cresci, me formei, e comecei a trabalhar. No meu trabalho, desde o início,
voar era uma necessidade constante. As reuniões em outras cidades e a correria me obrigavam, às vezes, a estar em dois lugares num mesmo dia.
No início pedia sempre poltronas ao lado da janela, e, ainda com olhos de menino, fitava as nuvens, curtia a viagem, e nem me incomodava de esperar um pouco mais para sair do avião e pegar a bagagem.
O tempo foi passando, a correria aumentando, e já não fazia questão de me sentar à janela, nem mesmo de ver as nuvens, o sol, as cidades abaixo, o mar ou qualquer paisagem que fosse. Perdi o encanto. Pensava somente em chegar e sair, me acomodar rápido e sair rápido.
As poltronas do corredor agora eram exigência. Mais fáceis para sair sem ter que esperar ninguém, sempre e sempre preocupado com a hora, com o compromisso, com tudo, menos com a viagem, com a paisagem, comigo mesmo.
Por um desses maravilhosos "acasos" do destino, estava eu louco para voltar de Belo Horizonte numa tarde chuvosa, precisando chegar em São Paulo o mais rápido possível.
O vôo estava lotado e o único lugar disponível era uma janela, na última fileira. Sem pensar, concordei de imediato, peguei meu bilhete e fui para embarque.
Embarquei no avião, me acomodei na poltrona indicada: a janela. Janela que há muito eu não via, ou melhor, pela qual já não me preocupava em olhar.
E, num rompante, assim que o avião decolou, lembrei-me da primeira vez que voara. Senti novamente e estranhamente aquela ansiedade, aquele frio na barriga. Olhava o avião rompendo as nuvens escuras até que, tendo passado pela chuva, apareceu o céu.
Era de um azul tão lindo como jamais tinha visto. E também o sol, que brilhava como se tivesse acabado de nascer.
Naquele instante, em que voltei a ser criança, percebi que estava deixando de viver um pouco a cada viagem em que desprezava aquela vista.
Pensei comigo mesmo: será que em relação às outras coisas da minha vida eu também não havia deixado de me sentar à janela, como, por exemplo, olhar pela janela das minhas amizades, do meu casamento, do meu trabalho e convívio pessoal?
Creio que aos poucos, e mesmo sem perceber, deixamos de olhar pela janela da nossa vida.
A vida também é uma viagem e se não nos sentarmos à janela, perdemos o que á de melhor: as paisagens, que são nossos amores, alegrias, tristezas, enfim, tudo o que nos mantém vivos.
Se viajarmos somente na poltrona do corredor, com pressa de chegar, sabe-se lá aonde, perderemos a oportunidade de apreciar as belezas que a viagem nos oferece.
Ademais, pode ser que ao descer do avião da vida já não encontremos ninguém a nossa espera.
Pense nisso! Se você também está num ritmo acelerado, pedindo sempre poltronas do corredor, para embarcar e desembarcar rápido e "ganhar tempo", pare um pouco e reflita sobre aonde você quer chegar.
A aeronave da nossa existência voa célere e a duração da viagem não é anunciada pelo comandante. Não sabemos quanto tempo ainda nos resta.
Por essa razão, vale a pena sentar próximo da janela para não perder nenhum detalhe.
Afinal, "a vida, a felicidade e a paz são caminhos e não destinos". (Extraído)

Imagem: Google Images

sábado, 7 de maio de 2011

BATE PAPO TERAPÊUTICO




A ideia do Bate Papo Terapêutico aconteceu por volta de 2007. Naquela época fiz alguns eventos e, tive que interromper por questões do próprio trabalho.

Em 2011 achei que era hora de colocar o projeto em andamento e melhorar. Isto é o que tem acontecido desde fevereiro.

É um evento mensal, coordenado por mim e no consultório. Aberto a todos aqueles que desejam evoluir nesse processo chamado Vida, na qual estamos sempre aprendendo e com possibilidades de mudar, embora possa ser desafiador.

É terapêutico, mas não é terapia. Não é um grupo fechado, lidando com suas questões. O grupo é cíclico, todo mês temos pessoas diferentes, contribuindo para uma discussão enriquecedora.

Participe. Com certeza cada um de nós irá crescer mais um pouco.

Até o próximo!!

quinta-feira, 17 de março de 2011

CISNE NEGRO


É um filme denso, tenso, fascinante! Claro que isto depende do olhar do expectador. Quem está em busca de um drama romântico, se decepciona. Cisne negro deve ser visto como uma metáfora das possibilidades do ser humano. A personagem principal – Nina – é bailarina e está presa, impossibilitada de crescer emocionalmente. Presa à imagem de menina, que aparece o tempo todo na trama, seja através do quarto infantil, do comportamento, do olhar.. Presa à mãe controladora, que frustrada com sua carreira de bailarina, projeta na filha todas as expectativas e dita como esta deve ser, como se comportar, o que desejar... Ao conseguir o papel de bailarina principal no espetáculo Lago dos Cisnes, ela é confrontada. Para assumir o papel, ela deve encenar ambos os cisnes: o branco (submisso, doce, terno), bem de acordo com seu comportamento; mas deve incluir o negro (corajoso, sedutor, decidido). Para isto Nina precisa de encontrar o lado negro de sua personalidade, aqui não deve ser entendido como negativo, apenas aquilo que quer surgir, vim à tona, no caso de Nina, a mulher que quer desabrochar. A personagem enfrenta esta luta, na sequência de cenas que misturam realidade e fantasia, manifesta o drama da personagem.. Nina teme o lado negro de sua personalidade, assumi-lo implica em perdas (da ingenuidade, da não responsabilidade pela sua vida), não dando conta de incorporar esse lado, ela encontra a morte. Em algum momento da vida, todos nós nos deparamos com nosso cisne negro, em algum momento precisamos rever nossa trajetória, abrir mão do passado (algumas coisas precisam ficar para trás, serem abandonadas, ressignificadas) e assimilar o novo.. Reconhecer nossos defeitos e qualidades, nossos limites e desejos, pensar e sentir, a vida se torna ‘nossa’ responsabilidade. Crescer implica em assumir riscos, assim nossos “cisnes” estarão incorporados e assumindo seus lugares, afinal existe sempre um espaço para um lado infantil..


Imagem:www.adorocinema.com.br

sábado, 29 de janeiro de 2011

Reflexão


..."O problema que é prolongar a vida até depois que a capacidade de gozá-la desapareceu...”
Li esta frase no livro As aventuras de Gulliver e me chamou atenção, pois ela se mostra tão atual.
Diariamente a mídia nos apresenta possibilidades para a ‘eterna juventude’... há uma lista de cremes, remédios, alimentos, aparelhos,exercícios.
Nada contra cuidar de si, da saúde, do corpo; mas também é preciso admitir que ninguém fica eternamente jovem.
Qual a qualidade de vida que realmente cultivamos? Temos alegria em viver ou a alegria está na pílula que se toma diariamente?
Será que o corpo precisa ser eternamente perfeito? E para isto é necessário mantê-lo com uma infinidade de recursos. Esse corpo exibido vendendo a imagem da perfeição sexual também precisa de mais e mais estimulantes...
Cada fase da vida apresenta desafios e alegrias, são as possibilidades do ser humano, de aproveitar cada momento da melhor maneira.
Cuide de você, de sua saúde (física, emocional e espiritual) e goze a vida abundantemente!!!
Imagem: Percepção(encontre uma velha e uma moça)