terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Mensagem (Charles Chaplin)



“Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus.
Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.
Tudo depende só de mim.”


Neste final de ano lembre-se de agradecer pelos acontecimentos e faça planos para melhorar.
Lembre-se, mudanças acontecem aos poucos.
Escolha como você irá continuar em 2009!!
Feliz natal e feliz 2009.

Obrigada pela sua visita, pelo seu carinho!

Abs, Janaina
(Foto: Pampulha, BH - arquivo pessoal)

domingo, 16 de novembro de 2008

Chuvas de verão


Estamos em plena primavera-verão, o que nos faz sentir muito calor! Tempo abafado e parece que nada alivia. Nessa época são comuns as chuvas de verão, de repente elas caem como aguaceiro e vão embora, na mesma rapidez, deixando a sensação de frescor e um ar mais respirável.
O céu pode escurecer a qualquer momento, parece que o dia vira noite e a chuva vem, levando tudo que encontra pela frente e, em alguns casos acompanhada de inocentes pedrinhas de gelo que conseguem fazer um estrago por onde caem.
O que isso tem a ver com nossas vidas?
Assim como chuvas de verão são alguns acontecimentos em nossas vidas, acontecem de repente e nos pegam desprevenidos. Alguns são agradáveis, dão uma refrescada! Você olha para a vida com outro olhar, mais colorido, mais leve. Suas esperanças e expectativas se renovam. Você começa a sonhar de novo, a fazer planos.
Entretanto, em outros momentos as chuvas vêm destruindo o que encontra pela frente. Os projetos, os sonhos parecem que não fazem nenhum sentido. Você olha e só consegue ver restos e a certeza de que não há nada a fazer.
Mas mesmo após a tempestade há algo a fazer, é preciso parar e contabilizar o prejuízo, descobrir o que deve ser jogado fora e o que pode ser reaproveitado. O que fazer para reconstruir, às vezes é preciso contar com apoio de outras pessoas. Afinal, o sol vai brilhar novamente.
Imagem:www.olhares.aeiou.pt (streetdog)

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O desafio do vestibular


A temporada dos vestibulares está aberta. Ainda que o vestibular de fato só aconteça nas universidades federais, pois em algumas faculdades privadas é um processo seletivo com (praticamente) assegurada a passagem. Questões político-educacionais à parte, não é disso que quero escrever.
O vestibular desencadeia várias questões para os adolescentes na transição para o mundo adulto, mediada pela escolha de uma profissão (nesse caso um curso superior ou tecnólogo). Implica em escolher a profissão que para alguns soa como uma sentença de “algo para toda vida” ou “algo que o sucesso seja garantido”. Outros se sentem à vontade para “algo que goste e faça sentido no mundo”, para outros “seguir a tradição familiar”.
Fato é que o momento traz para as famílias a certeza de que o adolescente está crescendo e pode assumir (e deve) responsabilidade por sua vida.
Para muitas famílias é um momento de angústia, a escolha do adolescente levanta questões guardadas e não discutidas; como por exemplo, as escolhas dos próprios pais, frustrações profissionais e outras situações. Não é à toa que o processo do vestibular mobiliza tanto os envolvidos.
Qualquer escolha é difícil, ao se optar por um caminho abre-se mão dos demais. E esse é o caminho que cada adolescente irá fazer, cabe aos pais liberarem os filhos para a árdua - mas gratificante - tarefa de serem responsáveis pelas escolhas e cabe aos filhos assumirem tais responsabilidades.
Nenhuma escolha significa que não possa ser revista, mas é preciso se conhecer, se informar e ter espaço na família para a troca de idéias há chances do processo do vestibular ser um momento de crescimento para todos.
Imagem: Google images

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Ipês (Florescendo na seca)



Tenho observado os ipês....os rosas estão floridos...simplesmente maravilhosos.
O mais interessante é que as árvores ficam completamente secas e aí aparecem os buquês de flores...quanto mais secas, mais flores nas árvores.
E por um capricho, se você corre e não “perde” tempo em olhar para cima, as flores caem e deixam um tapete em meio às ruas agitadas da cidade. Para aqueles que não olham para cima, resta uma opção de pisar sobre belas flores.
Tal como os ipês, todos passamos por estações de seca, sem folhas, sem expectativas..
Não há ninguém que passe pela vida sem momentos difíceis, eles podem ser nomeados como perda de trabalho, de alguém que se ama... Mas eles podem não ter uma ‘razão’, o que não impede de estar machucando, por exemplo a perda da esperança, a tristeza sem saber porque, aquele aperto no peito que (aparentemente) não tem motivo!
Não importa, dói! Mas há possibilidade de florescer no meio da sequidão. Uma das decisões é não brigar com a vida, não adianta ficar se lamentando e dizendo que não merece, que aquilo não podia acontecer. Aconteceu! A decisão de como enfrentar é de cada um, é sua.
Não é verdade que momentos difíceis fazem as pessoas crescerem. Tais momentos PODEM levar ao crescimento, depende de como será enfrentado, como você irá lidar com eles.
Em meio às adversidades você pode armazenar forças para florescer para si e para outros.

Imagem: Google images

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Homens


Achei que faltava, nesse blog, um texto para (sobre) os homens.
Não é incomum ouvir a pergunta: O que está acontecendo com os homens?
Acredito que eles estão em processo de evolução (vocês não acharam que eles iam ficar parados no tempo?).
A tal da revolução feminina (já discutida por aqui) colocou homens e mulheres em combate. Eles foram descartados como se não tivessem valor algum. As mulheres proclamaram aos ‘gritos’ que não dependiam de homem algum, eram auto-suficientes....
Os homens não sabiam como agir, o que fazer com tudo que havia sido aprendido desde tempos e tempos?! Que lugar eles iriam ocupar?
Se não eram provedores, o que seriam? Se a idéia do macho, cercado de mulheres, não era mais bem vista, o que fazer?
Enfrentaram uma batalha e tanto....Se abriam a porta do carro (era frescura), se não abriam (não sabiam como tratar uma mulher)... chegou a vez deles perguntarem: Quem eram? O que fazer nesse ‘novo mundo’? O que as mulheres querem?
O importante é que, como todo caçador, não desistiram e estão se descobrindo. Descobrem que podem ser gentis, sensíveis, criativos, trocar fraldas, cozinhar, lavar, e uma longa lista... e tudo isso sem perder a masculinidade.
Ser homem é muito mais do que ser ‘macho’; essa fase tem passado. Ser homem, é ser humano! Isso significa que eles sofrem, têm medo, amam...
Essa é a evolução dos homens. Perfeitos? Jamais!
Complexos? Muito! (Também somos)
Com a palavra, os homens...

Imagem: Google images (Oliver na cozinha)

domingo, 6 de julho de 2008

Carência afetiva e alimentação


As histórias sobre comida são ricas e variadas, indo além pode esconder questões importantes: quando se está triste logo se apresenta uma canja, leite quente, docinho... a comida ocupa o lugar do diálogo, do parar e ouvir qual é a dor do outro; ou então a dor é ‘ouvida’ mas abafada pelo alimento ‘coma que isso passa’. Adoce sua vida.
Assim se cresce, aprendendo que comer alivia o sofrimento, traz novas sensações...aos poucos começa a empanturrar de comida, já que a dor continua ali...é preciso comer mais para evitar que ela apareça.
É mais fácil evitar a dor responsabilizando a comida...assim ao se sentir rejeitado(a), a pessoa racionaliza que isso é porque está acima do peso, quando emagrecer será diferente.
A comida é a companheira para todos os momentos, não reclama, não vai embora quando mais se precisa dela, não abandona.
Os regimes não funcionam porque comida e peso são sintomas, não os problemas.
A comida ocupa o tempo. Engordar e emagrecer, regimes...tornam uma montanha russa emocional. Você se odeia por comer demais e quer emagrecer, ou quer acabar com você porque come demais. Sofrer é uma maneira de estar no mundo.
Qual a dor que a comida esconde?
Qual a sensação não pôde ser vivida?
A pessoa vive com a sensação de quando for magra conseguirá conquistar aquilo que deseja. Será?!!
Imagem: Google images

domingo, 25 de maio de 2008

Tem Receita?

“Filho não vem com manual?” Quem nunca ouviu essa frase?
É verdade! Nem filho, nem pais, nem namorados...são relacionamentos, isso significa que devem ser cultivados. O processo é contínuo, dia-a-dia ele é vivenciado,aprendido.Não há receita para nenhum deles ou talvez exista: se entregar, estar disponível para o outro.
Relacionar-se pede disposição, demanda tempo, olhos nos olhos, escutar o outro; o que parece totalmente avesso ao mundo de alta tecnologia, onde tudo se torna efêmero num piscar de olhos.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Relacionamentos (virtuais)


Existem! Não devem ser negados ou menosprezados. Podem ou não ser saudáveis. Podem ou não ‘dar certo’.
Porém, nenhum relacionamento sobrevive no virtual, relacionamento precisa de realidade para saber se tem valor.
A realidade traz à prova aquilo que chamou atenção no outro: a conversa agradável, as afinidades, os desejos, projetos. É no real que há a possibilidade de que ele (a) não seja tão belo, tão maravilhoso, tal perfeito quanto foi idealizado (quando há mentiras, é pior).
Mas é diante dessa não perfeição que o relacionamento pode se concretizar, afinal ninguém é perfeito; as diferenças podem contribuir para o crescimento quando há movimento nessa direção.
A prova da realidade pode transformar o virtual em algo real e belo, é preciso se perguntar se há disponibilidade para correr o risco de se deixar conhecer, de se abrir para o outro e ambos construírem algo novo. Ambos se deparem com qualidades e defeitos, mas aprendam a lapidar as arestas.
Do contrário, haverá sempre a possibilidade de se esconder diante da tela do computador e construir um mundo de faz-de-conta, a moderna torre da Rapunzel.
Ninguém tem garantia de que o relacionamento dará certo, não importa se o encontro foi em um bar, no cinema, na locadora ou no computador.
É na realidade que se constrói relacionamentos, é se rela-cionando que há chances de evoluir. É preciso uma boa dose de coragem para tirar os olhos do virtual, de abrir mão da idealização e olhar nos olhos...

Foto:Arquivo pessoal (BH,2007)

domingo, 23 de março de 2008

Orientação profissional

Muitas pessoas perguntam se Orientação Profissional tem valor, se vale a pena “fazer orientação profissional”.
Depende!! Se você espera uma resposta mágica, uma solução rápida para acabar com a angústia da escolha... não espere encontrar isso em um processo terapêutico de orientação profissional.
Sim, terapêutico!! Geralmente com número de sessões definido e com o foco específico para discutir as questões que envolvem a escolha profissional. Isso quer dizer que quem busca Orientação Profissional precisa de lidar com as angústias, dificuldades dessa escolha, mitos familiares que estão presentes conscientes ou não e todas as outras questões que cada um vivencia neste momento.
Para alguns, ao final das sessões, é possível optar por alguma profissão (aqui entendida como o curso superior ou outro, escolhido), para outros pode ampliar o leque da capacidade de escolher, para outros a angústia é minimizada...cada um leva o resultado de seu investimento.
É preciso compreender que o psicólogo colabora para que a pessoa lide com as questões trazidas e amplie sua consciência sobre elas; mas o psicólogo não define a escolha profissional de ninguém. Você precisa de investir em seu processo terapêutico.
Mesmo porque, cada um é responsável pelas escolhas que faz...

domingo, 16 de março de 2008

Psicoterapia familiar sistêmica.

A psicologia é uma ciência recente, iniciou-se no século XIX, em seu bojo tem várias escolas....todas procurando compreender a complexidade do ser humano, esse Ser sempre em movimento, ao mesmo tempo mantendo questões tão antigas.
Cada escola de psicoterapia busca essa compreensão baseando-se em suas crenças, valores; estes vinculados à algum autor que iniciou os estudos.
A psicoterapia sistêmica compreende que o ser humano faz parte de um sistema constituído de estruturas. A psicoterapia familiar sistêmica surge na década de 50, acreditando que a família é um sistema e o seu funcionamento afeta todos os membros; portanto não podemos perder de vista a família no tratamento.
Assim, para Elkaim (1998) “A pessoa ou família normal não existem, não existe patologia se esta for vista como falha ou defeito”.
O objetivo da psicoterapia familiar sistêmica não é que o indivíduo rompa com suas relações familiares (com seu sistema), mas colaborar para que os indivíduos encontrem seu caminho, sua liberdade, seus valores. Encontrem meios de resolver seus problemas, sem que necessitem de recorrer a sintomas.

Livros que abordam o tema
ELKAIM, Mony. Panorama das terapias familiares. Vol.1. São Paulo: Summus, 1998
GOMES,José Carlos Vitor. Manual de psicoterapia familiar. Ed.Vozes.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Máscaras


O carnaval se aproxima, festa reconhecida pelo uso de fantasias, incluindo as várias máscaras que são utilizadas como crítica, brincadeira, sonhos ou simplesmente a vontade de ‘ser outra (o)’.
Mas será que só se usam máscaras no carnaval??
A notícia é que todos usamos máscaras em todo tempo...não no sentido negativo, quando alguns dizem que a pessoa é fingida, hipócrita,mascarada..
As máscaras fazem parte de nosso dia-a-dia..no trabalho usamos um tipo de máscara, que permite a cada um desempenhar sua função naquele ambiente; em família outra...não há problemas nisto. Já pensou se você agisse na família como se fosse no trabalho ou vice versa?
É preciso saber qual é a sua essência, quem você é! Só assim pode trocar de máscara sem que se sinta culpado, estranho, sem que acredite que em todos os ambientes e situações você deve ser (ou estar) sempre com a mesma máscara. A psicoterapia é uma ótima possibilidade para conhecer sua essência.
Foto:(Google images)

domingo, 6 de janeiro de 2008

Colheita


No texto anterior falei sobre Sementes, hoje quero falar sobre colheita...
Para se ter uma boa colheita é preciso cuidar das sementes, não basta plantá-las e esquecê-las... é preciso regar, cuidar, tirar as ervas daninhas, às vezes fazer uma cerca para impedir que sejam roubadas, pisadas...
Assim são os projetos, você precisa cuidar de cada um. Para uns é preciso muito tempo de investimento, para outros menos; mas é preciso cuidar!
A Bíblia diz que você só colhe o que plantou, então preste atenção... plante também amizades, amor, paz...na família, no trabalho, no dia-a-dia! São sementes importantes e farão toda diferença em sua vida.
Cuide de você: de sua saúde física, mental, psíquica e espiritual (para alguns esquecida), você precisa estar saudável para fazer uma ótima colheita.
Feliz 2008!!
Foto: Arquivo pessoal